
Do feed ao voto: como comunicar política com impacto (e ética)
- Media e política: liberdade, transparência e credibilidade
- A era da Internet e dos novos media
- Vantagens do marketing político nas redes sociais
- Desafios (e como os mitigar)
- Como fazer marketing digital eleitoral (guião prático)
- Onde podes aprender mais
Índice de conteúdos
A revolução tecnológica na comunicação impulsionou a sociedade para uma cultura mediática permanente — das conversas privadas ao debate público. Hoje, a política comunica em tempo real, perante audiências exigentes e fragmentadas, habituadas a mensagens rápidas, claras e verificáveis.
Com a influencia dos novos media, a comunicação política sofreu alterações significativas na sociedade democrática, assim como as vantagens e riscos que trazem para quem comunica — seja em campanhas, instituições públicas ou organizações da sociedade civil.
Com esta nova realidade, a Dupla Licenciatura em Ciências da Comunicação + Marketing e Publicidade do IADE dá-te uma visão integrada de comunicação estratégica e criatividade aplicada a marcas e políticas públicas; além de fomentar a prática em ambientes laboratoriais e proximidade ao mercado.
Media e política: liberdade, transparência e credibilidade
Nas democracias, a liberdade de imprensa e o acesso à informação são pilares para o debate público informado. A credibilidade dos media depende da transparência editorial e da capacidade de separar factos de opinião. Sem media livres não há escrutínio efetivo; mas liberdade também implica responsabilidade, sobretudo quando o ecossistema informativo se desloca para plataformas onde qualquer pessoa publica e amplifica conteúdos.
A era da Internet e dos novos media
As redes sociais democratizaram a informação: já não consomes apenas informação — participas. Em Portugal, cerca de 70% dos utilizadores de internet usam redes sociais, e a participação entre jovens atinge picos próximos de 90% na UE, sinal da centralidade destas plataformas no consumo de informação.
Para a política, isto significa alcance e proximidade inéditos. Para os cidadãos, voz e mobilização. Mas há riscos: a desinformação cresceu e a confiança nas notícias tem descido, o que exige mais literacia mediática e práticas de verificação.
Vantagens do marketing político nas redes sociais
- Interação bidirecional: não ficas limitado à difusão; escutas, respondes e ajustas a mensagem em tempo quase real.
- Alcance segmentado: chegas a públicos diversos com criatividade e segmentação precisa.
- Medição e otimização: ferramentas de analytics permitem medir a influencia e melhorar o que funciona.
- Construção de marca pessoal: presença consistente e autêntica reforça confiança e proximidade.
- Potencial de difusão orgânica: mensagens com valor emocional e utilidade podem escalar com investimento contido.
Podes especializar-te em redes sociais com a Pós-Graduação em Social Media e Marketing de Conteúdo, também disponível no regime online. Este curso prepara-te para planear e executar estratégias de social media e de marketing de conteúdo. Vais aprender a gerir comunidades, fazer social listening, advertising e criar conteúdos (vídeo, áudio, storytelling, SEO/SEM) integrados num plano mensurável.
Desafios (e como os mitigar)
- Desinformação e conteúdo enganoso: define normas de verificação, cita fontes e não partilhes o que não foi verificado. Em Portugal, a ERC reportou aumento significativo de conteúdos falsos nos atos eleitorais recentes — um alerta para equipas de campanha e comunicação institucional.
- Queda da confiança: a confiança geral nas notícias baixou para 54% (2025). Sê transparente sobre dados, métodos e limitações.
- Bolhas informativas: diversifica canais e formatos; promove debate civil e contraditório honesto.
- Saturação e ruído: aposta em conteúdo útil, consistente e com chamada à ação clara.
Como fazer marketing digital eleitoral (guião prático)
- Diagnóstico: define objetivos e mapeia públicos (interesses, plataformas, temas sensíveis, respeitando o princípio de minimização de dados – RGPD).
- Narrativa: constrói a mensagem (valores + propostas) e adapta-a a cada rede.
- Conteúdos: combina vídeo curto, lives, threads explicativas, checagem de factos e capitalização de notícias (newsjacking) sem descontextualizar fontes nem induzir a erro; incluir link e data.
- Plano editorial: cadência clara; reserva espaço para escuta ativa e resposta.
- Paid media: define públicos, criativos e métricas antes de investir; respeita as regras legais de cada plataforma.
- Medição: olha para o alcance qualificado, interações significativas, variação de sentimento e conversões (do registo a eventos, doação, etc.).
- Gestão de crises: prepara Q&A, fluxos de aprovação e critérios de takedown/correções rápidas.
Onde podes aprender mais
Os cursos de marketing e comunicação do IADE têm em comum fatores distintivos como a aprendizagem prática, projetos reais e docentes com experiência de mercado, fatores valorizados por recrutadores e empresas.
A Licenciatura em Marketing e Publicidade dá-te uma formação equilibrada entre estratégia e criatividade, preparando-te para trabalhar em múltiplas indústrias. Vais aprender a construir marcas, planear campanhas, analisar mercados e trabalhar com design, fotografia e tecnologia em contextos reais.
Por sua vez, a Pós-Graduação em Comunicação de Marketing prepara-te para criar estratégias digitais integradas e conteúdos persuasivos que fazem as marcas destacar-se. Vais aprender a planear comunicação omnicanal, analisar métricas, aplicar tecnologias emergentes e compreender a comunicação 5.0.