Evolução dos videojogos: como a indústria está a transformar as carreiras e as oportunidades de emprego

A indústria dos videojogos liga entretenimento, tecnologia e inovação ao moldar não somente como te divertes, mas também as oportunidades que tens no mercado de trabalho. Empresas portuguesas de videojogos tiveram um crescimento de faturação superior a 65% desde 2018. 

A evolução dos jogos eletrónicos é um exemplo claro de como uma indústria pode transformar-se ao longo das décadas: dos primeiros sistemas arcade às consolas domésticas, portáteis e, mais recentemente, aos dispositivos móveis.  

Títulos como Super Mario, Zelda ou Tetris tornaram-se parte da infância de milhões de jogadores. Hoje, os videojogos estão em diversos lares e destacam-se como uma área lucrativa e dinâmica ao abrir caminho para carreiras criativas, técnicas e de gestão que antes pareciam impensáveis. 

Se desejares iniciar o teu percurso profissional e académico na área, o Bachelor's in Games Development, lecionado integralmente em inglês, preparará desde o primeiro dia para uma carreira internacional. Desenvolves competências em várias linguagens de programação e tecnologias de ponta, tornando-te altamente competitivo no mercado de videojogos, web e dispositivos móveis. 

Poderás também considerar o Bachelor's in Global Animation, lecionado em inglês, ou a Licenciatura em Animação e Criação Visual, que oferece formação completa em 2D, 3D e artes visuais ao combinar teoria e prática para preparar-te para uma carreira nacional ou internacional. O curso integra desenho, ilustração, desenvolvimento de personagens e pintura digital. 

Mas, afinal, como se deu a evolução dos videojogos

Imagina só: nos anos 1940 e 1950, os computadores eram enormes, caríssimos e somente algumas universidades ou grandes empresas tinham acesso a eles. Mesmo assim, já havia quem sonhasse em usá-los para criar jogos.  

Em 1950, Claude Shannon estabeleceu as diretrizes fundamentais para o desenvolvimento de um software capaz de jogar xadrez e, dois anos depois, A. S. Douglas criou o OXO, o jogo de 3 em linha, como parte da sua tese de doutoramento na Universidade de Cambridge. Saltando para 1962, Steve Russell inventou o Spacewar!, um jogo de combate espacial que foi o primeiro a ser jogado em várias instalações informáticas. 

Em 1967, Ralph Baer e vários colaboradores da Sanders Associates, Inc. inventaram um sistema de videojogos multijogador e multiprograma que podia ser ligado a uma televisão. Baer licenciou o dispositivo à Magnavox, que, em 1972, começou a comercializá-lo como Odyssey, a primeira consola de videojogos para o mercado doméstico. 

Nos anos 1970, chegámos às primeiras consolas e às míticas arcades com o famoso Pong, em que a Atari inspirou-se num dos jogos de Odyssey. Cinco anos mais tarde, a Atari lançou a Atari 2600, uma consola portátil com joysticks e cartuchos intercambiáveis que permitiam viver a experiência dos jogos em vários tons de cor, marcando uma nova fase na evolução das consolas de videojogos. 

No entanto, no início dos anos 1980, a indústria dos videojogos passou por uma crise devido, entre outros fatores, à proliferação de jogos de baixa qualidade, o que fez com que várias empresas do sector fechassem. A recuperação começou em 1985 com o lançamento da Nintendo Entertainment System (NES) ao ser lançada nos Estados Unidos. Foi aqui que nasceram alguns dos primeiros clássicos. 

Com o avanço das tecnologias, as consolas tornaram-se mais potentes, coloridas e acessíveis; e surgiu a era dos jogos tridimensionais (3D). Em 1995, a Sega lançou a sua consola Saturn, a primeira de 32 bits a utilizar CD em vez de cartuchos. No mesmo ano, a Sony lançou a Playstation. No ano seguinte, a Nintendo lançou a Nintendo 64. No entanto, foi a Sony que dominou o mercado de videojogos, com a Playstation 2, lançada em 2000, a tornar-se a consola mais vendida de todos os tempos. 

Nos anos de 2005 e 2006, a Xbox 360 da Microsoft marcou o início da era moderna dos videojogos em alta definição, graças às suas potentes capacidades gráficas e aos comandos sensíveis ao movimento. Desde então, a evolução dos videojogos tem-se estendido para plataformas de redes sociais e dispositivos móveis, desta forma, a alcançar um público ainda mais vasto. Atualmente, a realidade virtual promete experiências cada vez mais imersivas nos jogos. 

O crescimento do sector dos videojogos

A indústria dos videojogos tem crescido de forma exponencial mundialmente. Estima-se haver cerca de 3,32 mil milhões de jogadores ativos no mundo e que o mercado global de videojogos vá gerar cerca de US$ 188,8 mil milhões em 2025, um aumento de 3,4% face ao ano anterior. 

Além disso, este sector continua a gerar um número crescente de postos de trabalho, com uma procura por profissionais cada vez mais especializados. A base de dados DeVuego indica a existência de cerca de 237 estúdios de videojogos registados em Portugal em 2025. 

Se tens paixão por jogar, porque não dar o passo seguinte e começar a criar?

Transforma a tua paixão em profissão

Os videojogos são muito mais do que diversão: são uma das indústrias mais fortes, com grandes receitas e empregos a surgir em várias áreas. E é aqui que entra a tua oportunidade: transformar aquilo que adoras em profissão. 

Dá o próximo passo e transforma a tua carreira profissional. Descobre como o Postgraduation in Game Design, lecionado em inglês, não só te colocará no centro desta indústria em constante evolução, mas também te abrirá as portas para um futuro onde o teu amor por videojogos se converterá numa carreira repleta de oportunidades. 

Podes também investir num Mestrado em Design e Produção de Jogos, que te dá uma formação com componente prática em design, programação e desenvolvimento de experiências imersivas. Vais trabalhar em projetos colaborativos, preparando-te para todas as etapas da produção de jogos digitais. 

O Doutoramento em Jogos Digitais prepara-te para explorar o potencial dos videojogos além do entretenimento, aplicando-os em simulação, treino e análise estratégica em áreas como economia, saúde e ambiente. Vais trabalhar com inteligência artificial, realidade virtual e aumentada, game design e narrativas interativas, combinando teoria e prática em colaboração com empresas e centros de investigação nacionais e internacionais. 

O sector está em constante expansão e oferece uma vasta gama de possibilidades, pelo que pode também ter interesse no Mestrado em Animação e Criação Digital ou na Pós-Graduação em Animação Digital. Aproveita a crescente procura por profissionais qualificados e embarca numa carreira gratificante, baseada na tua paixão por videojogos.