Guia para conciliares o teu trabalho com os estudos
23 dezembro 2025
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Se estás a estudar ou a trabalhar na área do desenvolvimento de videojogos, já deves ter ouvido falar do chamado Game Design Document, ou GDD.
Este documento é, basicamente, o guia-mestre do teu jogo. Trata-se de um plano detalhado que reúne tudo de que o teu projeto precisa para sair do papel e ganhar vida: regras, mecânicas, narrativa, personagens, interface, níveis e muito mais.
No IADE, a criatividade é levada a sério. O Mestrado em Design e Produção de Jogos e a Postgraduation in Game Design, lecionada em inglês, são prova disso, preparando-te para dominares todas as etapas da criação de videojogos, da ideia inicial à execução técnica e criativa.
Neste artigo, exploramos o que é um Game Design Document, para que serve, como podes adaptá-lo a diferentes contextos e por que motivo é uma ferramenta indispensável para quem quer trabalhar em Game Design, seja em projetos académicos, indie ou AAA.
Pensa no GDD como o grimório do teu jogo. É nele que está escrita toda a "magia" que dá forma ao teu projeto. É um documento que reúne toda a informação essencial sobre o jogo, como o conceito, a mecânica, a história, o visual, o som, os menus… tudo!
Mais do que um repositório de ideias, um GDD bem-feito serve como ponto de encontro entre designers, programadores, artistas, produtores e todos os que fazem parte da equipa. Este documento não é apenas útil – é vital para um jogo de arrasar.
Do moodboard às regras, passando pelos diálogos e pelos sistemas de monetização, tudo deve estar organizado e explicado neste documento.
Ter uma boa ideia para um jogo é apenas o início. O verdadeiro desafio começa quando essa ideia tem de ser passada para uma equipa, estruturada e transformada em algo jogável.
É aqui que o GDD entra em cena. Eis as principais razões pelas quais faz toda a diferença:
Não há duas pessoas que imaginem o mesmo jogo. O GDD ajuda a manter toda a equipa sincronizada, evitando mal-entendidos e garantindo que todos caminham na mesma direção criativa e técnica.
Sem um plano claro, as decisões vão-se acumular, custando tempo e dinheiro. Um GDD define regras desde o início, reduzindo erros, retrabalho e incoerências.
Entrar num projeto a meio é complicado, mas com um GDD completo, qualquer novo membro da equipa conseguirá perceber rapidamente como o jogo funciona e onde poderá contribuir.
Um bom GDD pode fazer a diferença entre captar ou não a atenção de um publisher, ao demonstrar profissionalismo, planeamento e compromisso com a qualidade do projeto.
Quando as decisões apertam, o tempo escasseia ou surgem dúvidas, o GDD funciona como uma bússola, ajudando a manter a visão do projeto intacta, mesmo quando é preciso adaptar.
A estrutura de um GDD pode variar conforme o projeto, mas há secções essenciais que deves incluir:
Visão geral: nome do jogo, género, público-alvo, plataformas e principais inspirações.
Mecânicas principais: como é que o jogo funciona? Quais são os controlos? Qual é o loop de gameplay?
É importante que o documento seja claro, visualmente bem organizado e com linguagem simples. Não estás a escrever para impressionar, mas sim para comunicares com a tua equipa.
Enquanto o GDD é interno, detalhado e técnico, o pitch deck é um documento de apresentação mais leve, destinado a atrair investimento ou apoio externo. Costuma incluir:
Embora ambos os documentos sejam importantes, servem propósitos diferentes.
Não compliques no início: começa pelo básico e vai afinando com o tempo.
Sim, mas com nuances. O nível de detalhe depende do tipo de jogo que estás a criar.
Num projeto indie, o GDD tende a ser mais leve e focado no core gameplay. Podes dispensar descrições exaustivas de personagens secundárias ou de níveis, mas deves ser claro sobre o que torna o teu jogo único.
Num estúdio grande, o GDD pode chegar às centenas de páginas. Vai incluir scripts completos, layouts de níveis, sistemas complexos de IA e planos de marketing. A estrutura tem de ser mais rígida e controlada.
Dá prioridade a elementos como sessões de jogo curtas, tutorial de onboarding e economia in-game. Os controlos touch e a monetização (ads, IAP) devem estar bem definidos.
Permitem maior complexidade narrativa, sistemas de progressão mais profundos e experiências mais longas. O GDD deve refletir essa profundidade.
Neste caso, o GDD tem de incluir tópicos como matchmaking, servidores, balanceamento, sistemas de ranking, interação entre jogadores e até moderação.
Se queres levar a sério a criação de videojogos, trabalhar com equipas multidisciplinares, explorar engines como Unity ou Unreal e aprender com profissionais da indústria, o IADE pode ser o teu ponto de partida. Aqui ficam algumas formações para aguçar o apetite:
Escolhe o teu caminho, prime o botão Start e começa a criar os jogos que gostarias de jogar.
Portugal tem vindo a crescer no panorama europeu de desenvolvimento de jogos. Seja em estúdios indie ou em projetos internacionais, a procura por profissionais com formação sólida em Game Design é cada vez maior.
Com uma formação criativa, prática e focada no mercado, podes tornar-te designer de níveis, game developer, game writer, produtor, UX designer ou até fundar o teu próprio estúdio.
Se tens uma ideia na cabeça e queres torná-la realidade, começa por escrever o teu Game Design Document. Assim, ganhas uma visão mais clara do processo criativo e técnico por detrás de qualquer jogo bem-sucedido.
No IADE, estudas num ambiente que respira criatividade, tecnologia e inovação. Queres fazer parte da nova geração de game designers? Explora a oferta formativa do IADE e começa a desenhar o teu percurso.