Rita Carmo: há 25 anos virada de frente para as estrelas

Rita Carmo, formou-se em Moda no IADE e foi a moda que lhe abriu as portas do ‘Blitz’. Em fevereiro Rita Carmo comemora um quarto de século de carreira e é quase desde sempre fotógrafa residente do icónico jornal, agora revista, e tem no portfólio algumas das mais emblemáticas fotos de artistas que todos temos na memória.
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Rita Carmo: há 25 anos virada de frente para as estrelas
28 fevereiro 2017
Rita Carmo, formou-se em Moda no IADE e foi a moda que lhe abriu as portas do ‘Blitz’. Em fevereiro Rita Carmo comemora um quarto de século de carreira e é quase desde sempre fotógrafa residente do icónico jornal, agora revista, e tem no portfólio algumas das mais emblemáticas fotos de artistas que todos temos na memória.

Transcrevendo a entrevista de João Galvão para a Delas,

Porque decidiste fazer um curso de moda? 
Decidi fazer um Curso de Moda porque sempre fiz roupa, desde os meus 14 anos. O que me interessava mais era fazer ilustração de Moda, na altura. No secundário, resolvi seguir Humanidades e o Curso de Moda compensava-me a falta do desenho e das artes…

Quando o terminaste? Terminei o Curso de Moda do IADE em 1991, com 21 anos.

Como começou a fotografia?
A Fotografia começou precisamente durante o Curso de Moda. Na altura, o IADE permitia que todos os alunos usassem o Laboratório de Fotografia da escola, e eu comecei a ir para lá de manhã, já que o curso que eu frequentava era à noite. Fotografava as coleções dos meus colegas e no último ano do IADE propus à direção da Escola fazer o trabalho final na vertente Fotografia de Moda, e não fiz o normal desfile de finalista, mas sim uma apresentação sobre o trabalho dos meus colegas e uma exposição no stand da FIL Moda.

Estas duas paixões conviveram ao mesmo tempo? Como foi esta ‘convivência’?
A moda e a fotografia ainda convivem muito bem. Até há muito pouco tempo, o ‘Blitz’ cobria a Moda Lisboa, por exemplo. E durante largos anos, fazíamos produções de moda.
Quando e como começou a colaboração no ‘Blitz’? O ‘Blitz’ surge exatamente… com a exposição no Stand da FIL Moda, em 1992: a Cristina Duarte, que escrevia no ‘Blitz’, convidou-me nessa noite a fotografar o desfile dos meus colegas finalistas para o ‘Blitz’. Foi o meu primeiro trabalho fotográfico a sério.

A tua formação em moda influencia de algum modo a tua maneira de fotografar?
Acho que sim, nos pormenores e na cor. Mas diria que a cultura visual, e mesmo a minha formação em Design Gráfico (que fiz durante o Curso de Moda na Escola Superior de Belas-Artes) me influencia mais ainda no enquadrar.

Quem gostaste mais de fotografar ao longo desta longa carreira?
É difícil responder. São muitos anos a fotografar intensamente, e muitas pessoas e artistas muito interessantes… Há bandas com quem me identifico mais do que outras, mas vou destacar os Dead Combo.

Quem ainda não fotografaste e gostarias muito de fotografar? Ahh… o Tom Waits, por exemplo. A Tori Amos, gosto muito dela. Mas há muitos mais, esqueço-me sempre nestas alturas em que me perguntam… Tive pena de nunca ter fotografado o David Bowie.

Por quem gostarias de ser fotografada? Quem é o teu ídolo no teu ramo de trabalho?
O Anton Corbijn! Há mais, obviamente…

Uma fotografia vale mais que mil palavras? E que uma cantiga, vale?
Uma boa fotografia pode, de facto, valer mais do que mil palavras, porque nós somos livres de escrever e de pensar o que quisermos quando descodificamos essa fotografia. Mas tudo isto são comparações difíceis. As músicas também nos fazem viajar, tal como as imagens.

A ser verdade que a cantiga é uma arma, achas que a fotografia também o pode ser? As imagens de guerra, por exemplo, são importantíssimas. As imagens, de facto, despertam-nos para a realidade, de uma forma mais eficaz que qualquer texto, porque não oferece dúvidas: nós estamos a ver, ninguém está ali a dar uma opinião, somos confrontados com aquela realidade. E nessa medida claro, são importantíssimas.

ENTREVISTA COMPLETA AQUI »

@ Fotogradia de José Sena Goulão

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