Estudo do IADE revela que alunos preferem o ensino presencial

As opiniões dividem-se, mas após várias semanas de ensino à distância, 31% dos alunos afirma preferir o regime de aulas presencial e 66% diz que a importância de regressar à escola reside na necessidade de estar com os seus pares e ter o apoio e a presença dos professores. As conclusões são de um estudo desenvolvido pelo Observatório da Fábrica_IADE, realizado no primeiro período de confinamento, de 20 de março a 6 de maio de 2020.
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Estudo do IADE revela que alunos preferem o ensino presencial

23 março 2021

As opiniões dividem-se, mas após várias semanas de ensino à distância, 31% dos alunos afirma preferir o regime de aulas presencial e 66% diz que a importância de regressar à escola reside na necessidade de estar com os seus pares e ter o apoio e a presença dos professores. As conclusões são de um estudo desenvolvido pelo Observatório da Fábrica_IADE, realizado no primeiro período de confinamento, de 20 de março a 6 de maio de 2020.

A investigadora do IADE, Sandra Rodrigues, coordenadora de “Estudar em tempo de pandemia”, admite que “é possível que este seja o momento da tão esperada mudança de paradigma, no estilo de vida das empresas e dos colaboradores, mas também o da urgência de reestruturar o modo como o mundo encara o trabalho. Contudo, é na escola que está o maior desafio. Professores, alunos e pais, todos sem exceção, foram forçados a adaptar as suas rotinas para manter os seus compromissos, partilhando o mesmo espaço onde habitam, estudam e trabalham”.

As escolas, face à necessidade de suspender as aulas presenciais, viram-se forçadas a definir novas estratégias e planos de ação, de acordo com os seus próprios recursos e capacidades. De acordo com o estudo, os estabelecimentos de ensino que mais rapidamente deram resposta à necessidade de implementar um novo formato de aulas foram, na maioria, as instituições de ensino privado, sendo que as universidades responderam mais agilmente quanto à oferta de soluções viáveis de aulas em modo remoto.

“Estudar em tempo de pandemia” procurou identificar as principais reações e capacidade de adaptação dos alunos, de vários ciclos de estudo, face à inesperada transição do ensino presencial para o “ensino a distância emergencial”, durante o período de confinamento compreendido entre 20 de março e 6 de maio de 2020. Para tal, foram disponibilizados dois questionários online - entre 21 e 22 de março de 2020 e, entre 29 de abril e 6 de maio de 2020 -, a um total de 339 alunos, entre o 1º ciclo e o ensino superior, de modo a aferir as reações ao processo de adaptação e respostas posteriores de integração e interiorização das suas necessidades face ao estudo, ao desempenho e consequentes preocupações ao redor de todo o processo.

Quase um ano depois desta mudança abrupta, importa refletir sobre a experiência e decidir de que forma irá impactar o futuro. Para a autora do estudo, “o aspecto mais positivo desta experiência é que podemos estar perante uma excelente oportunidade de nos prepararmos para o ensino do século XXI. Fala-se, essencialmente, no ensino da autonomia, flexibilidade, capacidade de adaptação e sentido crítico. E agora, mais do que nunca, sobre criatividade para resolver problemas e lidar com o imprevisto. As escolas do futuro, certamente, irão funcionar com base em novas premissas, onde seguramente estará incluído o acesso à tecnologia e formatos mistos ou híbridos de ensino”.

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