Os seres humanos são criaturas visuais. Tanto assim que um proverbio árabe afirma que de não entender um olhar também não iremos perceber uma longa explicação.
O design gráfico, na sua encarnação moderna, nasce da procura do método do olhar ou, melhor dito, do mecanismo para reproduzir o efeito desse olhar. Nasce da procura por reduzir e sistematizar a complexidade da imagem, de encontrar a sintaxe e a gramática universais dos artefactos visuais.
Em termos práticos, a resposta à pregunta acima colocada é simples, mas a sua compreensão requer aprendizagem, maturação e correta aplicação—motivo pelo qual os cursos de Design Gráfico felizmente abundam.
Para que serve então o Design Gráfico? Para anunciar, convocar, ilustrar, questionar, persuadir; mas também para interpretar e refletir, isto é, para comunicar.
O Design Gráfico serve, tão simplesmente, para dizer algo sobre um produto ou serviço, um evento, uma reação e o pode fazer através de um cartaz, numa embalagem ou uma interface. Mas principalmente, o design gráfico vai criando a cultura visual do nosso dia-a-dia, pois cada elemento gráfico contribui para formar o cenário das nossas vidas. E assim comunica também esse espírito do tempo através da forma como articulamos texto e imagem, como exploramos variados elementos gráficos, como nos expressamos na sua composição, e como interpretamos o que nos rodeia.
Ana Luísa Marques, Coordenadora do Mestrado em Design e Cultura Visual
João Batalheiro Ferreira, Coordenador da Licenciatura em Design
Rodrigo Hernández-Ramírez, Coordenador de Licenciatura em Design Global.